Os ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente deverão permanecer com estruturas organizacionais distintas. Esta é a nova informação em relação à polêmica da fusão das pastas, que começou durante a campanha eleitoral e segue até o momento por causa de declarações de alguns dos principais auxiliares do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).
O próprio eleito, enquanto candidato, havia manifestado a intenção da fusão durante o pleito, mas recuou. Desta vez, Bolsonaro admitiu que as coisas permanecerão como estão nas áreas da Agricultura e Meio Ambiente. E foi em entrevista a emissoras de TV católicas nesta sexta-feira, dia 1º. "Havia uma ideia de fusão, mas pelo que parece será modificada. Pelo que tudo indica, serão dois ministérios distintos", afirmou o presidente eleito na televisão.
Bolsonaro disse que não quer um ministro "xiita" para o Meio Ambiente e que a conservação da natureza não pode ser um obstáculo para o progresso do país. "O Brasil é o país que mais protege o meio ambiente. Nós pretendemos proteger o meio ambiente, sim, mas não criar dificuldades para o nosso progresso", disse. Segundo ele, o perfil de um ministro do Meio Ambiente é o de "uma pessoa voltada para proteger o meio ambiente sem o caráter xiita, como foi em outros governos".
As declarações ocorrem após uma série de reações negativas a sua proposta inicial de fusão. Nos últimos dias, a ideia foi anunciada pela equipe que está preparando a transição do governo e o novo desenho dos ministérios. A fusão dos ministérios do Meio Ambiente e Agricultura, entretanto, foi mal recebida por representantes dos dois setores, incluindo o ministro da Agricultura, Blairo Maggi. Diante da repercussão, a equipe de Jair Bolsonaro deu sinais de recuo. (Com informações da Revista Globo Rural)
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