Criada em 03/05/2018 às 15h49 | Agronegócio

Brasil pode ficar sem trigo argentino até final do ano

O Ministério da Agricultura da Argentina já anunciou que faltam apenas 5,3 milhões de toneladas para serem comercializadas. A esperança do Brasil é que a safra nacional seja maior, de qualidade média e sem problemas climáticos. Caso o contrário a solução pode ser importar dos EUA.

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A Argentina já vendeu 17,5 milhões de toneladas de trigo. (Foto Divulgação Web)

Vital para o abastecimento do Brasil, tanto em volume quanto nos preços, a Argentina pode ficar sem trigo até o final do ano. O site do Ministério da Agricultura do país vizinho informa que faltam apenas 5,3 milhões de toneladas para serem comercializadas, uma vez que 17,5 milhões de toneladas (MT) já foram compradas pelos exportadores.

“Ora, o ritmo de uso da Argentina é de, a grosso modo, 500 mil tons/mês para os moinhos e 500 mil tons para a exportação (que está muito ativa). Isto significa que o país precisará de aproximadamente 8 MT até o início da próxima safra. Como se vê, a disponibilidade está apertada e, como dissemos na semana passada, o mercado está ‘muy nervioso’, alguns pensando até que o país precisará importar trigo americano (a US$ 265 FOB hoje para setembro, o que daria algo como US$ 295 CIF na Argentina)”, comenta o analista da Consultoria Trigo & Farinhas, Luiz Fernando Pacheco.

De acordo com o especialista, a esperança para o Brasil seria que a safra nacional de trigo fosse maior, de qualidade média e sem problemas climáticos.

SAFRA ARGENTINA

A Argentina corria o risco de não plantar toda a área prevista inicialmente, devido aos problemas que a estiagem tinha causado nas lavouras de verão. A Consultoria Trigo & Farinhas adianta ter recebido a informação de Buenos Aires de que o mês de “abril encerrou com chuvas acumuladas de mais de 100 milímetros, no geral, no pampa úmido e picos em alguns lugares acima dos 250 milímetros”.

É o que se pode observar em um mapa de chuvas acumuladas do mês, realizado por Eduardo Sierra, especialista em agroclimatologia, da BCBA (Bolsa de Cereais de Buenos Aires). “A umidade foi recuperada em toda a região pampeana e está entre ótima e com leves excessos em alguns lugares”, assinalou Sierra em entrevista ao jornal La Nación. (Com informações www.agrolink.com.br)

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