Criada em 19/07/2017 às 12h40 | Agricultura

Voltado para agricultura familiar, comercialização do Compra Direta Local rende R$ 3 milhões em junho

A média histórica do PAA no Tocantins em junho fica em torno de R$ 1,5 milhão e R$ 1,8 milhão. Programa propicia a aquisição de alimentos de agricultores familiares, com isenção de licitação, a preços compatíveis aos praticados nos mercados regionais.

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Alaídes Cardoso
DE PALMAS

O Programa Aquisição de Alimentos (PAA), mais conhecido como Compra Direta Local da Agricultura Familiar, executado pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins) bateu recorde na aplicação de recursos no mês de junho, chegando a mais de R$ 3 milhões (R$ 3.056.000,00) na aquisição de alimentos.

De acordo com o coordenador do Programa, Adenieux Rosa Santana, a média histórica do PAA no Tocantins era em torno de R$ 1,5 mi e R$ 1,8 mi. “É com muita alegria que analisamos esses dados, e isso se deu graças aos esforços dos extensionistas que estão nas unidades locais do Ruraltins, que, com muito empenho e aliados aos agricultores, e por meio de uma boa safra, tiveram muitos produtos para comercializarem. Isso contribuiu para que superássemos todos os valores aplicados durante cada mês”, frisou.

Dentre os municípios que tiveram a maior aplicação do recurso, o coordenador informa que Pequizeiro está em primeiro lugar. Para Adenieux Rosa Santana, isso é resultado da implantação do Sistema de Inspeção Municipal (SIM), pois onde não há o serviço fica impossibilitado adquirir alimentos processados derivados, por exemplo, do leite e da carne.

“Um bom exemplo é o município de Pequizeiro, sendo aplicados mais de R$ 300 mil na aquisição de produtos, destes, 100 mil foram de produtos processados. Isso mostra que nos municípios onde foram implantados o SIM, esses recursos foram superados de 30% a 40% por aqueles onde não existe o serviço, ou seja, o serviço de inspeção potencializa ainda mais o programa”, acrescentou o coordenador.

Para Adenieux, o Compra Direta gera muitos benefícios, dentre eles estão a criação de mercado para a agricultura familiar comercializar seus produtos e a destinação dos alimentos a entidades socioassistenciais.

“Outro ponto importante é o aquecimento da economia local. Se pegarmos o valor aplicado/ano e o público atendido, tem-se uma média de R$ 200 mil para cada município. Para um município de maior porte, talvez isso não seja tão significativo, mas para os municípios tocantinenses que têm um número abaixo de 10 mil habitantes, esse volume é muito importante. O produtor recebe seu recurso e ali mesmo ele supre as suas necessidades de supermercado, vestuário, de insumos agrícolas. Então esse dinheiro circula no município aquecendo e gerando novos empregos”, frisou Adenieux Rosa Santana, acrescentando que dos alimentos adquiridos pelo programa, 58% a 60% são utilizados na complementação da merenda escolar.

Ainda de acordo com o coordenador, para  o ano de 2017, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) tem uma aplicação de cerca de R$ 14 mi em sua execução no Tocantins. “Neste semestre que se inicia, ainda temos cerca de R$ 6 milhões de recursos para serem aplicados. Acreditamos no potencial da agricultura familiar e no empenho dos extensionistas para que essa meta seja alcançada e até mesmo superada”, concluiu.

PAA

Criado em 2003, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) é uma ação do Governo Federal, executado pelo Governo do Estado, por meio do Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins). Tem como finalidade o acesso a alimentos para a população em situação de insegurança alimentar, além de promover a inclusão social e econômica no campo por meio do fortalecimento da agricultura familiar. O Programa propicia a aquisição de alimentos de agricultores familiares, com isenção de licitação, a preços compatíveis aos praticados nos mercados regionais. (Do Ruraltins)

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