Com atuação nos Estados do Pará e Mato Grosso, a Anglo American mira o Tocantins. A gigante do mercado de mineração está de olho em licitação de área para pesquisa de reservas de cobre no território tocantinense que seria realizada ainda neste ano. A concorrência estaria dentro de Programa de Parcerias para Investimento (PPI).
A informação foi apurada por Renata Batista, do jornal O Estado de S.Paulo. “O Programa de Parcerias para Investimento (PPI) também prevê a licitação, até o fim do ano, de área no Tocantins para pesquisa mineral com possibilidade de reservas de Cobre. O Serviço Geológico Brasileiro (SGB), antigo Departamento Nacional de Pesquisa Mineral, deve colocar em audiência pública esse mês o edital de concessão”, relata a jornalista Renata Batista.
Segundo a sua apuração, “no governo brasileiro, há uma grande expectativa por descobertas na região”. Isso porque “no ano passado, o presidente Michel Temer foi obrigado, por pressão internacional, a voltar atrás na decisão de criar a Reserva Nacional de Cobre e Associados (RENCA), nos Estados do Pará e Amapá, na chamada Amazônia Legal. Além da Anglo, outras empresas do setor, como a Vale, conseguiram outorgas para pesquisa mineral na região”.
A ANGLO AMERICAN
A empresa atua nos mercados de minério de ferro, com destaque para o Brasil e África do Sul, e niquel, que serve a indústria global de aço inoxidável.
Em 2017, a empresa registrou US$ 4,9 bilhões em fluxo de caixa. Tem mais de 3,3 mil empregados próprios. No Brasil, são 6 mil colaboradores.
A sede fica em Londres, no Reino Unido, mas mantém escritório em Belo Horizonte (MG). A Anglo tem operações na África do Sul, América do Norte, América do Sul e Austrália.
No Brasil, a Anglo American está presente com dois produtos: minério de ferro, com o Minas-Rio, localizado nos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro, e níquel, com operações nos municípios de Barro Alto e Niquelândia, em Goiás.
DESCOBERTA DE COBRE
Ainda conforme o Estadão, o presidente da Anglo American, Mark Cutifani, animou o mercado de mineração nesta sexta-feira, 27, após comentar sobre pesquisa no Brasil para prospecção de cobre. Em conferência para analistas, em Londres, ele disse que há muita conversa no País (a respeito de uma descoberta de cobre) e que “as pessoas sabem que estamos procurando alguma coisa”. Ao ser pressionado por um analista do Morgan Stanley por mais detalhes, esfriou a conversa. “Pode não ser o que esperamos que seja”, disse.
Procurada, a assessoria de imprensa da companhia no Brasil informou que “a Anglo American está desenvolvendo fases preliminares de pesquisa mineral para prospecção de jazidas de cobre nos Estados de Mato Grosso e Pará. Ainda é cedo para afirmar a viabilidade econômica e socioambiental do projeto”.
A área em que a Anglo desenvolve as pesquisas minerais tem cerca de 19 mil quilômetros quadrados. Foi dividida em quase 300 blocos, depois que a permissão para pesquisa foi conseguida em junho desse ano.
A Anglo American tem hoje cerca de 4 mil funcionários no Brasil, mas não informou quantos estão dedicados à nova pesquisa. Na conversa com os analistas, o presidente global da mineradora falou sobre a expectativa de aumento da demanda por cobre com o crescimento da frota de carros elétricos. Indicou um novo investimento na compra de uma mina no Peru. (Com informações do jornal O Estado de S.Paulo)
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