Criada em 04/06/2019 às 16h03 | Agricultura

Curso oferecido pelo Ruraltins ensina mulheres artesãs a usar sementes florestais  na produção de artesanato

O curso sobre a utilização de sementes das espécies florestais na produção de artesanato segue até esta sexta, 07, tendo como público alvo a Associação das Mulheres Artesãs de Lajeado. As sementes foram doadas pelo Ruraltins idealizador do curso.

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O cerrado em função da grande biodiversidade oferece muitas espécies de sementes florestais que podem ser usadas como alternativa de produção e geração de renda. (Foto Acervo Ruraltins)

Amanda Oliveira
DE PALMAS (TO)

A Associação das Mulheres Artesãs de Lajeado (AMAE) recebe, até a próxima sexta-feira, 7 de maio, um curso sobre a utilização de sementes das espécies florestais, na produção de artesanato.  As sementes para a capacitação foram doadas pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), que também é o responsável pelo treinamento, ministrado pela extensionista rural, Francisca Helena Rosendo, do escritório local do órgão, em Caseara.

De acordo com Maria das Graças Gomes Monteiro, presidente da AMAE, a oficina é voltada para a produção de bioarte com as artesãs,  com foco no aprimoramento das mulheres nessa atividade, além de trabalhar o tratamento das sementes para maior durabilidade dos produtos.

“Nosso objetivo é fortalecer a associação, por isso buscamos essa parceria com o Ruraltins. A proposta visa ainda uma complementação na renda das mulheres para fortalecer a AMAE, que tem um ponto de venda na praia local. Todo trabalho em arte desenvolve também o autoconhecimento das mulheres”, frisou a presidente, complementando que, “coleta ainda não é uma ação das mulheres, mas já existe um projeto construído voltado ao tratamento e plantio de sementes, no intuito de obtermos recursos e de devolver à natureza aquilo que ela proporciona para geração de renda. No momento a matéria prima utilizada vem da coleta feita em nossos quintais, e o que se junta das árvores” afirma.

O extensionista do Ruraltins, o engenheiro florestal, Dr. Ricardo Haidar, explica que a oficina trabalha as sementes da bacaba, caroba, pacarandá do cerrado, ipê amarelo, caraíba, malvão, sucupira preta, pau terra folha fina, garroteiro, moringa tingui, sucupira branca, todas doadas pelo órgão.

“Essa parceria é importante para a valorização das espécies do cerrado, para ampliação das estruturas reprodutivas, disseminação das sementes e para valorização econômica desses produtos”, disse. 

Segundo ainda o engenheiro florestal, usar a criatividade com as sementes florestais do cerrado na confecção de quadros, bijuterias, cerâmicas, colares e enfeites, é também uma forma de disseminar a ação, difundindo a prática, além de incentivar a coleta responsável como alternativa de produção e geração de renda.

“O cerrado tem esse potencial, são muitas formas diferenciadas de uso desses produtos em função da grande biodiversidade que oferece, e com muitas espécies que podem ser usadas para essa finalidade”, comentou.

Público-alvo

A oficina sobre o uso de sementes florestais, acontece no centro de artesanato da AMAE, no período da manhã e noite, sendo direcionado às mulheres rurais e urbanas do município de Lajeado e entorno, na faixa etária de 30 a 60 anos de idade.

Produtos

O artesanato é confeccionado em cerâmicas, cestarias e em tecidos. A AMAE também produz sabonetes artesanais, em uma parceria com o Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), utilizando essências de frutos do cerrado como pequi e buriti, dando a cor e o perfume, e ainda a decoração do sabonete com as flores dos frutos.

Lei

A Lei Nº 10.711, de 5 de agosto de 2003, regulamenta a produção, a comercialização e utilização das sementes e mudas de espécies florestais, de interesse ambiental ou medicinal, nativas e exóticas, visando garantir sua procedência, identidade e qualidade. (Do Ruraltins) 

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