Em 2025, os preços do suíno vivo caem na maioria das regiões, devido à baixa demanda de janeiro, reflexo da restrição de renda. No entanto, as exportações brasileiras de carne suína fecharam 2024 com recordes históricos, totalizando 1,33 milhão de toneladas, 10% a mais que em 2023.
Levantamento do Cepea mostra que, na parcial de dezembro (até o dia 17), a carcaça especial registra média de R$ 14,53/kg no mercado atacadista da Grande São Paulo, recuo de 2% em relação à de novembro.
Os preços médios do suíno vivo comercializado no mercado independente subiram com força, de outubro para novembro, na região de SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), enquanto as cotações do milho na praça de Campinas (SP) avançaram de forma menos intensa.
Pesquisadores do Cepea explicam que a pressão sobre os valores veio da menor liquidez. Agentes de indústrias reduziram o ritmo de compra de novos lotes de suíno vivo para abate, atentos ao enfraquecimento nas vendas de carne no atacado.
Os preços do suíno e da carne subiram menos recentemente, devido ao final de mês e aumentos em novembro. Apesar disso, atingiram novos recordes devido à oferta restrita e demanda aquecida, mas com receio de travar vendas antes das festas.
Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso vem sobretudo da maior demanda doméstica típica desse período do mês (pagamento dos salários). Além disso, a procura externa pela carne suína também segue aquecida.
Segundo este Centro de Pesquisas, a mudança de cenário se deve às recentes e intensas valorizações do cereal no mercado doméstico. Na parcial deste mês (até o dia 22), o suíno vivo é negociado à média de R$ 8,97/kg na região SP-5.
Enquanto os preços da proteína suinícola registram leves quedas, os da bovina e de frango se valorizam, com destaque para a carne de boi. No atacado da Grande São Paulo, a carcaça especial suína é comercializada à média de R$ 12,98/kg em outubro.
Pesquisadores do Cepea explicam que esse cenário decorreu das altas de preços do suíno vivo superiores às verificadas para os principais insumos utilizados na atividade (milho e farelo de soja), comparando-se as médias de agosto e setembro.
Segundo pesquisadores deste Centro, o resultado reflete a valorização do vivo superior à do milho e do farelo de soja. O movimento de alta do suíno, por sua vez, se deve à boa liquidez da carne e à menor disponibilidade de animais em peso ideal para abate, ainda conforme pesquisas.